Produção de motocicletas cresce 25% em julho

A produção de motocicletas pelo Polo Industrial de Manaus (PIM), com a volta ao trabalho de todas as fábricas, aumentou 25,3% em julho quando comparado com o mês anterior, para pouco mais de 97,9 mil unidades, segundo dados divulgados na quarta-feira, 12, pela Abraciclo, associação das fabricantes do setor de duas rodas. O volume também foi maior do que o registrado em julho do ano passado, em alta de 6,8%.

Segundo o presidente da entidade, Marcos Fermanian, o resultado representa um alívio para o setor, “pois mostra uma curva ascendente de produção, com recuperação gradativa dos volumes nas fábricas”, aponta.

Já no acumulado de janeiro a julho, a indústria de duas rodas ainda registra queda na atividade: foram fabricadas pouco mais de 490,1 mil unidades, redução de 22,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando as fábricas entregaram 628,8 mil.

“O setor ainda enfrenta um desequilíbrio entre oferta e demanda em relação a determinados modelos de motocicletas, porque as fábricas tiveram quase dois meses de paralisações em função das medidas adotadas para a prevenção ao contágio de Covid-19, e a partir daí passaram a realizar ajustes necessários para a adequação da produção”, explica Fermanian.

VENDAS E EXPORTAÇÕES IMPULSIONAM PRODUÇÃO EM JULHO


Segundo o presidente da Abraciclo, as fábricas estão retomando conforme o ritmo do mercado, que sinaliza uma recuperação das vendas desde o fim de maio, a partir do aumento gradativo da média diária de emplacamentos observada desde o fim de maio. Os dados da Abraciclo mostram que em julho, que teve 23 dias úteis, foram vendidas cerca de 3,7 mil motos em cada um dos dias úteis do mês, indicando crescimento de 61,4% na comparação com junho, cuja média foi de 2,2 mil unidades para cada um dos 20 dias úteis.

No total, os emplacamentos de julho somaram 85,1 mil unidades, alta de 85,7% sobre junho, embora represente queda de 5,4% sobre julho de 2019. Também no atacado (vendas da fábrica para a rede de concessionárias), com 91,4 mil unidades, houve aumento de 20% com relação a junho e também alta de 4,8% sobre julho do ano passado.

“Ao avaliar o desempenho do mercado pela média diária de vendas de cada quinzena de março a julho, verifica-se um crescimento constante e, portanto, consistente, desde o fim de maio até os dias atuais. Esta evolução decorre da retomada dos níveis de produção das fábricas e, simultaneamente, da flexibilização e expansão das atividades comerciais nas cidades brasileiras”, comenta o presidente da Abraciclo.



Por sua vez, as exportações cresceram 50,5% na passagem de junho para junho, com 4,4 mil unidades, volume também maior que o de julho de 2019, com alta de 59%. No mês passado, o principal destino do embarques do setor foi a Colômbia, com pouco mais de 1,2 mil motos, seguido pela Argentina (884 unidades) e Estados Unidos (700 unidades).

Em sete meses, a indústria de duas rodas destinou 14,8 mil motos a mercados externos, 36% menos do que em igual período do ano passado, quando as exportações somaram 23,1 mil unidades. A Argentina lidera o ranking neste ano ao absorver 5,1 mil motocicletas, enquanto a Colômbia soma quase 3 mil unidades. Os Estados Unidos compraram 2,1 mil motos do Brasil neste ano até o momento.


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